Por quê?

Linguistas e não-linguistas (meu caso) sabem que a escrita é mais ou menos como a fala. Uma não dá conta de tudo o que a outra encerra, mas ambas lidam com palavras. Da mesma forma, ler é mais ou menos como ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar... Lemos com os olhos, mas o que se … Continue lendo Por quê?

Nós e o Grande Irmão

Em 1984, de George Orwell, o Big Brother observa e analisa o comportamento dos "cidadãos". É uma obra que fala do totalitarismo em seu grau máximo, com todos sendo vigiados por câmeras distribuídas nos espaços públicos, como ruas, praças ou locais de trabalho, e na privacidade do lar. Saber a respeito de cada um é, … Continue lendo Nós e o Grande Irmão

Por que “Obra Maldita”?

Quando se menciona poesia maldita, logo pensamos em Blake, Baudelaire, Rimbaud, Lautréamont, entre outros autores que fizeram da escrita uma ponte ligando as planícies da realidade aos penhascos do inconsciente e da loucura. Ela soa como gemido, às vezes como grito de um estranho no ninho. Ao contrário das benditas, louva menos do que denuncia: … Continue lendo Por que “Obra Maldita”?

Livros proibidos

Medo eu sempre tive, mas a curiosidade era maior e o acaso me fez descobrir que, além dos livros bons, a biblioteca abrigava exemplares da espécie maldita. Nos subterrâneos. Descobri também que eles podiam ser lidos, mas por uma seleta minoria de pastores. Quase todos os dias eu os via sair discretamente com alguns livros … Continue lendo Livros proibidos

Pandemia e Literatura – Boccaccio

A palavra epidemia sempre fez parte de nosso vocabulário, principalmente para se referir à dengue e a outras doenças tropicais. Pandemia, porém, é quase um neologismo entre nós. Seu uso no coloquial vem de alguns meses, desde a propagação do coronavírus, que dizimou cerca de cento e sessenta mil vidas brasileiras até agora.  Uma tragédia!  Desastre … Continue lendo Pandemia e Literatura – Boccaccio

Obra Maldita – Resenha, por Maurício Bronzatto

A menos que estejam acometidos da mesma doença que deflagrou a distopia narrada em “Obra maldita”, a leitora e o leitor proficientes e honestos não passarão incólumes por ela.  Escrito com a perícia de quem fizera uma estreia premiada em “Quase negros” (1999), o enredo é inteligentíssimo, e a escrita, além de bela e fluida, … Continue lendo Obra Maldita – Resenha, por Maurício Bronzatto

Resenha de “Quase negros”

Há dubiedade em mim. Sento na sala desfeita com baixa luminosidade e sinto o vento que sopra em meu rosto. Por um momento, paro de escrever e ouço o cachorro uivando na rua. O céu da cidade é muito iluminado. Tão bem iluminado e carregado de nuvens que, dentre os tons rosados da poluição, vê-se […] … Continue lendo Resenha de “Quase negros”